sexta-feira, 8 de abril de 2011

Todos passamos a vida a desejar a vida que não temos.

"A Vida Normal", Um texto que vale a pena ler e reflectir...
"Todos passamos a vida a desejar a vida que não temos. Queixamo-nos do emprego, dos colegas que são chatos, do chefe que não nos dá valor, do muito que trabalhamos e do ordenado que é fraco. Reclamamos do tempo, que chove e não se pode ir à praia, que não chove e faz mal à agricultura, do sol que é pouco ou demasiado, do suor, do frio e do vento, do calor que nunca mais se vai embora e do Verão que nunca mais chega. A família cansa-nos, mas odiamos quando esta nos ignora; dizemos mal dos amigos sem os quais não sabemos passar; suspiramos pelo fim do serão em que as visitas se vão embora, mas despedimo-nos combinando um novo jantar. Estamos fartos dos filhos, mas passamos o tempo a falar deles e a mostrar as suas fotografias aos amigos. O barulho que fazem enlouquece-nos, mas o silêncio da sua ausência é insuportável. Queixamo-nos do marido ou da mulher, que não são como dantes, que nos irritam, que não nos surpreendem, mas suspiramos quando nos faltam e reclamamos quando fazem alguma coisa com a qual não contávamos. Estamos no Algarve a suspirar pela frescura do Minho, no Minho damos por nós desejosos da brisa costeira, na cidade irrita-nos o artificialismo e em Trás-os-Montes formigamos com a ânsia de fugir à ruralidade. E do país, todos nos queixamos do país até ao momento em que "lá fora" concluímos com um orgulho disfarçado que realmente "comer, comer bem, só mesmo em Portugal". De queixume em queixume, passamos pela vida muitas vezes sem deixar verdadeiramente que a vida nos atravesse. E só quando somos roubados ao quotidiano que tantos maldissemos damos conta do tempo que perdemos nos lamentos sobre o tempo que os outros nos fazem perder. Há pouco mais de um mês, numa consulta que era suposto ser de rotina, foi-me diagnosticado um tumor. Felizmente benigno, como soube após 24 horas de espera. E, tal como seria de prever, naquele momento inicial em que o espectro de algo mais grave ainda não tinha sido afastado, o meu pensamento imediato foi: "Mas afinal porque é que eu estou aqui, afundada em Braga a trabalhar, em vez de ter já há muito tempo fugido para Bora-Bora?" Passado contudo tal instante, e nas 23 horas que se seguiram, foi da vida normal que tive saudades antecipadas. A vida normal: trabalhar, ir ao cinema, abraçar quem amo, rir-me das pequenas parvoíces do quotidiano, ver a minha filha a dormir e sentir o seu cheiro. A vida normal está aqui mesmo ao lado. E aposto que Bora-Bora tem imensos mosquitos."

O texto do jornal Público foi escrito em Agosto de 2006 pela Prof. Dra. Carla Machado, da Universidade do Minho. Com o decorrer do tempo o tumor que ela refere no texto veio infelizmente a revelar-se maligno e, após uma luta de
quase 5 anos, a Prof. Carla faleceu (Fevereiro 2011)
Hoje recordaram-me esta sua crónica. Permitam-me difunda mais uma vez este seu texto.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Basel- Suiça

Visitar Basel em família.
Como somos uma familia que gostamos de viajar e conhecer outras paisagens, os nossos filhos decidiram que as prendas de Natal e Dia do Pai (dois em um) seriam uma pequena viagem em famila a Basel na Suiça.
Lá fomos nós na data marcada, disfrutar das prendas recebidas:)
É uma cidade muito bonita, cheia de edifícios que merecem destaque.
Destaco o edifício dos correios (PTT) ,da Câmara Municipal não podendo esquecer a Cathedral.
Também encontramos fontes muito bonitas. Uma tinha um dragão,( E Viva o PORTO) é um dos símbolos da cidade de Basel. Aliás, os dragões estão presentes em muitos dos edifícios, mas destaco um que encontrei numa das pontes sobre o Reno.
Basileia é uma cidade muito civilizada e cultural, em cada recanto ouve-se música ao vivo.
Em nenhum museu se paga para entrar.
Não posso esquecer a paisagem vista do rio Rhein.
A viagem há montanha. Do teleférico apreciamos a paisagem linda da montanha,ainda com uns restos de neve.
As pessoas aproveitam o Domingo para irem com as crianças brincar para a montanha, só por ai vemos, a diferença de mentalidades e civilização…
Vemos bancas a vender vários tipos de produtos desde maçãs, ovos etc. ninguém na banca, uma caixa para as pessoas porem o dinheiro depois de se servirem…Em Portugal!!! Nem a banca sobrava
O Pior... entender as pessoas!!!!Falasse cantão Alemão.
Adorei esta pequena viagem a Basel.
Venham outras como esta...