domingo, 22 de abril de 2012

Se um dia fosse vento.

Se eu um dia fosse vento
A minha primeira vontade
Era varrer da terra o tormento
Que assola a humanidade
Começando pelo armamento
Que mata sem piedade
Crianças a cada momento
Algumas em tenra idade
Se eu um dia fosse vento
Varria a ganância e a maldade
... De forma que o sofrimento
Desse lugar à felicidade
Das nações com mais riqueza
Campos de trigo eu varria
E no acto de nobreza
Pelos pobres distribuia
Até ficar com a certeza
Que os filhos da pobreza
Tinham o pão de cada dia
Abrandaria a minha corrente
Poupava toda a flor
E deslizava suavemente
Entre os lábios do meu amor
Varria as doenças maliciosas
O câncro e outras mais
Que sacrificam as nossas rosas
Nas camas dos hospitais
Varria a mentira e o egoísmo
Varria o ódio profundo
E varria o terrorismo
Que assombra o nosso mundo
Varria as maldições
De todos os continentes
Abria as portas das prisões
E libertava os inocentes
Varria certas decisões
De alguns chefes de nações
Que espezinham a sociedade
Varria minas e canhões
Fazia valer a verdade
Até que todos os corações
Se amassem em liberdade
( Hélio Costa)

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